A perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados por Stress e problemas de Saúde Psicológica pode custar às empresas portuguesas até €3,2 mil milhões por ano, isto é, até 0,9% do seu volume de negócios.
De acordo com o Mental Health at Work Report (2017), 3 em cada 5 colaboradores (60%) experienciaram problemas de Saúde Psicológica no ano anterior devido ao trabalho. Quase um terço (31%) foi diagnosticado com um problema de Saúde Psicológica, sendo a Depressão e a Ansiedade os diagnósticos mais comuns.
Trabalhar ao mesmo tempo que se experiencia um problema de Saúde Psicológica coloca um conjunto de desafios particularmente exigentes para os colaboradores.
As organizações já enfrentam grandes desafios no que diz respeito à Saúde Psicológica e aos Riscos Psicossociais no trabalho e esta realidade agudizar-se-á no momento presente, nomeadamente, no que diz respeito a problemas como a gestão do stresse e com a pandemia COVID-19.
A pandemia COVID-19 afeta-nos a todos, quer ao nível individual, a cada um de nós, mas também a cada família, a cada organização e a toda a comunidade. A evidência científica aponta para que, no decorrer da pandemia COVID-19 e após o regresso às rotinas habituais, se revele um aumento dos problemas de saúde mental, tais como: perturbações da ansiedade, perturbações do humor, perturbação de stresse pós-traumático, consumo excessivo de álcool, assim como dos seus impactos: mortalidade prematura, níveis mais elevados de suicídio, percentagem de anos de incapacidade, sofrimento pessoal e familiar, custo económico e social incomensurável.
Considerando este aumento expectável de problemas de saúde mental, será necessário mobilizar recursos para garantir o acesso aos cuidados psicológicos a todos os colaboradores.
O benefício da prevenção permite a melhoria do bem-estar e da satisfação do colaborador em relação ao trabalho e à organização; mão-de-obra saudável, motivada e produtiva; melhoria global do desempenho e da produtividade; redução do absentismo, do presentismo, das taxas de rotatividade dos colaboradores, dos custos associados à perda de qualidade; redução dos custos e dos encargos para a sociedade em geral e o cumprimento dos requisitos legais.
Deste modo, o uso das novas tecnologias na prática psicológica já não é apenas teoricamente possível, mas sim uma realidade profissional em desenvolvimento e nos dias de hoje.
Este papel, cada vez mais importante, da tecnologia na intervenção psicológica apresenta várias vantagens e oportunidades únicas, tais como: alcance, acessibilidade, flexibilidade, redução do estigma, evidências científicas, privacidade e confidencialidade, segurança e cuidados éticos que os colaboradores devem podem usufruir.